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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FLOR DE NOVEMBRO


FLOR DE NOVEMBRO


É um jardim bem acanhado,
onde cultivo algumas flores,
que o deixam bem adornado.

Tem flores diversas,
que são aqueles entes queridos,
que já desencarnaram,
mas que em vida muito me
influenciaram.

Tem outras flores bonitas,
que são meus poucos amigos,
que eles na minha vida orbita.

Tem uma arvore frondosa,
que é um Cedro Libanês,
carinho meu todo especial
cuja semente esta lá no Parana.

Tem uma Margaridinha e um Cravinho,
é um casal de PIMPOLHOS,
inesquecíveis de tão amarosos.

Tem uma rosa bem cor de rosa,
que um dia haveremos de nos
entender.

Tem minha GIRASSOL querida,
que é essencial na minha vida .

Mas agora em novembro,
tem uma flor todo negra,
tão negra como tão rara,
nela contem minha tristeza,
minha melancolia,
minha maior desilusão,
pois enfim ela é uma
infeliz comemoração,
de um ano de sofrida
separação.

Mas no jardim bem acanhado,
não tem a flor que eu mais queria,
apesar de tanta Poesia que por ela
fiz e faria.




Essa flor na realidade, não entendi
o que de mim afinal quis,
e nos meus desenganos,
na minha luta inglória,
para querer preservar la,
na verdade dela para mim,
ela nunca existiu,
porque não havia sentimento ali,
e apesar de sua meiguice e candura,
ela é sem sentimentos,
ela é apenas uma bela dobradura.

E agora nessa flor negra de novembro,
que quase o dia inteiro ela fica orvalhada,
do rocio amargo que escorre de meus olhos,
pelas lembranças de tudo que se passou,
e na minha ingenuidade de pensar,
que aquilo tudo seria para sempre,
mas agora só fiquei demente,
pois tudo aquilo foi artificio,
para me usar afim de obter um beneficio.


Mas esse é meu jardim bem acanhado,
é meu coração que esta por demais amargurado,
e cultivo todas as flores que nele contem,
mas não tem a única flor que um dia pensei
que existia, e apesar disso, é a flor que mais queria.


M . A. Tisi

( 31/10/2012 )  

terça-feira, 23 de outubro de 2012

QUADRILHA


QUADRILHA

Que grande decepção,
aqueles que agora são “ Camarilha “
foram condenados pelo crime
de formação de “ QUADRILHA “

E pensar que parte dessa gente,
foram ícones na nossa juventude,
época em que joguei, bolinha de gude,
pra derrubar a “ Cavalaria “, na rua,
que estava a serviço da ditadura.

E também se pintou a cara,
e foi pra rua, protestar,
contra a corrupção,
que causava a sangria
da democracia.

Mas esse nosso Pais é incrível,
é o Pais dos espertos, que não medem
pra se prevalecer da situação,
e sempre tem uma “ QUADRILHA “
em formação.

Tem “ QUADRILHA “ pra tudo
quanto é gosto, pra causar sempre,
um grande desgosto.

E infelizmente, pra quem quer
ser correto, quer ser consciencioso,
pode aparecer uma ” QUADRILHA “,
e te causar um golpe monstruoso.

É muito triste que no percurso da vida,
sempre aparece uma “ QUADRILHA “
para te causar uma sangria.

Sei muito bem como funciona isso,
quando se menos se espera,
vem uma “ santíssima trindade “
que é uma “ QUADRILHA “
para te causar uma maldade.

Por isso, veja em sua volta,
se não tem uma “ QUADRILHA “
que pode te causar uma revolta.

M . A. Tisi

( 23/10/2012 )

domingo, 14 de outubro de 2012

OITENTA DIAS



OITENTA DIAS

Oitenta dias sem fumar,
mas hoje esta de amargar,
é uma angustia de pelejar,
onde parece que tudo vai parar.

Oitenta dias sem fumar,
mas eu vou me segurar,
não posso mais me apegar,
não, não posso me apegar,
a um cigarro, a um alguém qualquer,
não posso e não quero me apegar,
seja lá de onde vier,
não quero ninguém para bailar.

Oitenta dias sem fumar,
e agora minha vida, mesmo assim,
é um eterno esfumaçar,
e agora só tenho DELA,
lembranças que são meu eterno deleitar,
mas não há como suplicar,
por aquilo que nunca mais
ira se realizar.

Oitenta dias sem fumar,
na procura de algum sentido
para a vida dar,
e na minha ingenuidade,
penso que talvez se tivesse,
DELA tido a verdade,
hoje eu poderia estar mais
na docilidade.

Oitenta dias sem parar,
já chegando um ano
que tudo veio a findar,
e o tempo fez do meu
estado de espirito atemporal,
num vazio celestial.

Oitenta dias sem fumar,
tudo perdeu a razão de ser,
a razão que não veio,
que o tempo fez com minha alma,
um lugar sem esteio,
sem que eu tenha anseio.

M . A. Tisi
( 14/10/2012 )   

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

TAPETE VOADOR



TAPETE VOADOR

Era no chão da sua sala, que lá tinha um tapete de que ele gostava muito, não, não era um tapete Persa, daqueles feitos por tapeceiros artesãos do Iran, cujos fios de lã virgem com fios de seda, de multicores, são entrelaçados em milhares de nos, que demoram meses para serem concluídos e se tornam aquelas maravilhas de tapetes, esse tapete Persa, era seu sonho de consumo, mas o que ele tinha no chão da sala, era um tapete industrial Belga, imitação do Persa, em tons grená e preto, onde havia um medalhão central muito bonito.

Mas, tinha um porem, e que porem, apesar de ser um tapete simples, uma imitação até, esse tapete era magico, era voador, e por assim o ser, ele fazia maravilhosas viagens no seu tapete voador, ultimamente onde ele mais ia, era para a Lua, para de lá ficar admirando a Terra e imaginar, que em algum estava “ ELA “, linda e bela, meiga e carinhosa, sabe se lá se estava sozinha ou não mais, não, ah , nisso ele queria nem pensar, só queria imaginar, que ela existia, mas não existia para sua companhia, isso não mais, na realidade isso foi sem que nunca tenha sido, e era isso que ele tinha que saber, para nunca mais poder pelo menos ver, foi o que lhe restou a conviver.

E dito isso, ele lembrou da ultima viagem que o tapete o levou, num rasante de um deserto que era sua existência, a se deparar com um “ OASIS “ lindo e singelo, onde ele idealizou que seria sua eterna morada, pois no “ OASIS “ por uma casualidade, ele ali encontrou, “ ELA “, que iria despertar nele, aquilo mais incrível que se podia sentir, algo verdadeiro que jamais sentiu, mas que o tempo todo isso dito, não convenceu, foi desacreditado, mas o que podia fazer, era ele que isso sentia, era o AMOR que do seu coração irradia.

E desse “ OASIS “ onde estava “ ELA “, quis ele com ela convier, como se vivessem em uma Tenda, tal qual uma casa de chá, para ali poderem ter Paz, ter Luz, e “ ELA “ como uma SHERAZADE, trocarem conversas, para que ultrapassassem as “ Mil e uma Noites “, mas não te -la como uma odalisca, muito pelo contrario, que para sempre “ELA “ fosse a única e ele único a ela, compartilhando, gentileza, compreensão, intimidade, honestidade, lealdade e tudo mais que é inerente a uma boa relação, mas tudo isso era o que ele sentia, era o que ele idealizou, mas não a sensibilizou, e do nada, e sem saber por que, tudo acabou, e então ele percebeu, que tal qual o Tapete Voador, por ser magico, o “ OASIS “assim também o era, assim como “ELA “, e tudo se dissipou, pois por se magico era ilusório.

E agora, o Tapete Voador, ainda existe, e ainda o leva para Lua, para de lá, onde tudo é silencioso e claro, ele fica a admirar a Terra, para imaginar “ ELA “ , como esta, e por quem esta, e sem a vergonha que homem nenhum deve sentir, por mais que isso incomode quem quer que seja, ele, ainda chora esse viagem que por ter sido tão Magica, enebriante, deslumbrante, emocionante, ter ele agora guardado em seu coração “ ELA “ a mais dileta, no Amor mais doído, pela duvida que ficou se realmente “ ELA “ em algum momento por ele algo sentiu.

Mas o Tapete Voador, agora repousa na sala dele, e sabe se lá, que viagens ira fazer, mas por outro “OASIS “ é melhor nem pensar.

M A. Tisi

( 04/10/2012 )   
" Poesia é antônimo de censura "

Sara Meynard