TAPETE
VOADOR
Era no
chão da sua sala, que lá tinha um tapete de que ele gostava muito,
não, não era um tapete Persa, daqueles feitos por tapeceiros
artesãos do Iran, cujos fios de lã virgem com fios de seda, de
multicores, são entrelaçados em milhares de nos, que demoram meses
para serem concluídos e se tornam aquelas maravilhas de tapetes,
esse tapete Persa, era seu sonho de consumo, mas o que ele tinha no
chão da sala, era um tapete industrial Belga, imitação do Persa,
em tons grená e preto, onde havia um medalhão central muito bonito.
Mas, tinha
um porem, e que porem, apesar de ser um tapete simples, uma imitação
até, esse tapete era magico, era voador, e por assim o ser, ele
fazia maravilhosas viagens no seu tapete voador, ultimamente onde ele
mais ia, era para a Lua, para de lá ficar admirando a Terra e
imaginar, que em algum estava “ ELA “, linda e bela, meiga e
carinhosa, sabe se lá se estava sozinha ou não mais, não, ah ,
nisso ele queria nem pensar, só queria imaginar, que ela existia,
mas não existia para sua companhia, isso não mais, na realidade
isso foi sem que nunca tenha sido, e era isso que ele tinha que
saber, para nunca mais poder pelo menos ver, foi o que lhe restou a
conviver.
E dito
isso, ele lembrou da ultima viagem que o tapete o levou, num rasante
de um deserto que era sua existência, a se deparar com um “ OASIS
“ lindo e singelo, onde ele idealizou que seria sua eterna morada,
pois no “ OASIS “ por uma casualidade, ele ali encontrou, “ ELA
“, que iria despertar nele, aquilo mais incrível que se podia
sentir, algo verdadeiro que jamais sentiu, mas que o tempo todo isso
dito, não convenceu, foi desacreditado, mas o que podia fazer, era
ele que isso sentia, era o AMOR que do seu coração irradia.
E desse “
OASIS “ onde estava “ ELA “, quis ele com ela convier, como se
vivessem em uma Tenda, tal qual uma casa de chá, para ali poderem
ter Paz, ter Luz, e “ ELA “ como uma SHERAZADE, trocarem
conversas, para que ultrapassassem as “ Mil e uma Noites “, mas
não te -la como uma odalisca, muito pelo contrario, que para sempre
“ELA “ fosse a única e ele único a ela, compartilhando,
gentileza, compreensão, intimidade, honestidade, lealdade e tudo
mais que é inerente a uma boa relação, mas tudo isso era o que ele
sentia, era o que ele idealizou, mas não a sensibilizou, e do nada,
e sem saber por que, tudo acabou, e então ele percebeu, que tal qual
o Tapete Voador, por ser magico, o “ OASIS “assim também o era,
assim como “ELA “, e tudo se dissipou, pois por se magico era
ilusório.
E agora, o
Tapete Voador, ainda existe, e ainda o leva para Lua, para de lá,
onde tudo é silencioso e claro, ele fica a admirar a Terra, para
imaginar “ ELA “ , como esta, e por quem esta, e sem a vergonha
que homem nenhum deve sentir, por mais que isso incomode quem quer
que seja, ele, ainda chora esse viagem que por ter sido tão Magica,
enebriante, deslumbrante, emocionante, ter ele agora guardado em seu
coração “ ELA “ a mais dileta, no Amor mais doído, pela
duvida que ficou se realmente “ ELA “ em algum momento por ele
algo sentiu.
Mas o
Tapete Voador, agora repousa na sala dele, e sabe se lá, que
viagens ira fazer, mas por outro “OASIS “ é melhor nem pensar.
M A. Tisi
( 04/10/2012
)
Linda viagem que nos fez viver neste seu tapete voador, Marco Aurelio! A mais bela das viagens, mesmo se nem sempre termina bem. Mas o que conta, é continuar a viajar... ou a sonhar de viajar.
ResponderExcluirParabéns!