RECICLAGEM
Era um vidro
de azeitona,
outro
vidrinho de alcaparra,
tinha até
um vidro de Nescafé,
tenha
embalagem de chocolate em pó,
tinha
caixinhas e também latinhas
com tampas
bem bonitinhas.
E separava
todas elas, para levar
para a
Dileta Artesã tão bela,
guardar nas
embalagens,
suas
miçangas que ficavam
em sua
cidadela.
Mas agora,
não levo mais as embalagens,
para a
Dileta Artesã, mas eu ainda separo
todas essas
embalagens, mas tão somente
para
reciclagem.
Reciclagem
que a gente tem que fazer na vida,
pois nada
mais é perene, tudo é transitório,
inclusive e
principalmente a Relação.
E nessa
Reciclagem que se faz por consciência
ecológica,
por se pensar no melhor para todos,
chega – se
a conclusão que por mais que seja doído,
necessário
é Reciclar também a vida,
mesmo que
isso lhe cause tremenda ferida.
Mas no fundo
o fato de separar embalagens
para a
Artesã Meiga e Bela,
era um modo
de adocicar a relação,
era um
acarinhamento de preocupação,
mas não
tinha a ilusão que aliada a isso,
o meu jeito
de ser cordato e gentil,
carinhoso e
afetuoso, participativo
e
companheiro, fiel e dedicado,
pudesse
imaginar a que o nossa relação,
seria para
sempre em ebulição.
Reciclagem
da vida,
Reciclagem
de tudo,
e criar em
volta do coração,
para evitar
dor e sangria,
um grande e
firme escudo.
M . A. Tisi
(09/12/2012
)
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