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sexta-feira, 24 de abril de 2015

DESCONECTADO


DESCONECTADO

Estava desconectado,
estava num Deserto todo Estrelado,
lá onde Tudo é Nada
e Nada é Tudo.

Então fico sabendo, aqui na Terra Tupiniquim,
campo fértil da Hipocrisia, tanta melancolia,
todos indignados com a “ Pena de Morte “,
lá na Indonésia, a que foi submetido
um Tupiniquim “ Cavaleiro do Apocalipse “
pego desta vez, repetindo, desta vez,
novamente, desta vez, traficando, contrabandeando,
15 quilos de “ Pó da Morte “,
e após , tal figura, ser capturado,
e então ser julgado,
e depois ser sentenciado,
finalmente foi fuzilado,
eis que as declarações, a respeito, aqui no Brasil
foram as mais diversas, e de todas a mais perversa,
foi a que vi na TV de uma dourada especialista
em direito internacional, causídica Midiática,
defensora dos “ frascos & comprimidos “
que alegou que os 15 quilos de “ Pó da Morte “
que o Tupiniquim “ Cavaleiro do Apocalipse “
traficava, contrabandeava, seria para uso próprio,
provavelmente seria verdadeiro,
eis que tal figura teria narina de Dragão,
para tanta aspiração, quanta indignação.

Mas há outro digno Dragão brasileiro,
também pego na Indonésia contrabandeando “ Pó da Morte “,
que esta trancafiado aguardando execução,
que agora em uma perversa manobra advocatícia,
tornou-se esquizofrênico, esperando alforria,
entretanto quem lida com esquizofrenia,
sabe que tal alegação é uma heresia.

Pois é, no no Brasil da Hipocrisia,
não tem “ Pena de Morte “,
que o diga os “ PPPs “,
que não são as corruptíveis
“ parcerias publico privada “,
estas que tem muito “ privada “ pra pouca iniciativa.

Mas sim esta se falando dos
“ Pobre, Pretos & Putas “
que vivem nos rincões das periferias,
onde são, desrespeitados, vilipendiados,
abusados , oprimidos e desacatados,
pelas tais autoridades policias,
que não se sabe são mal formadas,
ou formadas para serem malvadas,
que quando estas se encontram com a bandidagem,
na ansiosa luta por território,
inevitável ocorrer a fatal bala perdida,
que ocasionara a trágica perda de mais uma inocente vítima,
que será velado em mais um triste velório.

Enquanto isto, no restante da cidade sem policiamento,
pode ser enfrente a qualquer estabelecimento,
na frente de uma moradia,
na rua sem iluminamento
e no transito sem gerenciamento,
que todo dia se torna um imenso estacionamento,
do nada aparecera, tranquilo e matreiro,
um “ noia “ delinquente, demente, dependente,
de miolo fritado,
que fará de um cidadão, mais um assaltado,
e se houver deste, um mínimo vacilo,
entrara na estatística de mais um fuzilado.

Pois é, não tem “ pena de Morte “
no Brasil da Hipocrisia, imagina.

Acho que vou, novamente, me desconectar
vou voltar pro Deserto Estrelado,
lá onde nada é tudo,
e tudo é nada.

Marco Aurelio Tisi
( 24/04/2015 )

" Poesia é antônimo de censura "

Sara Meynard