DESCONECTADO
Estava
desconectado,
estava num
Deserto todo Estrelado,
lá onde
Tudo é Nada
e Nada é
Tudo.
Então fico
sabendo, aqui na Terra Tupiniquim,
campo fértil
da Hipocrisia, tanta melancolia,
todos
indignados com a “ Pena de Morte “,
lá na
Indonésia, a que foi submetido
um
Tupiniquim “ Cavaleiro do Apocalipse “
pego desta
vez, repetindo, desta vez,
novamente,
desta vez, traficando, contrabandeando,
15 quilos de
“ Pó da Morte “,
e após ,
tal figura, ser capturado,
e então ser
julgado,
e depois ser
sentenciado,
finalmente
foi fuzilado,
eis que as
declarações, a respeito, aqui no Brasil
foram as
mais diversas, e de todas a mais perversa,
foi a que vi
na TV de uma dourada especialista
em direito
internacional, causídica Midiática,
defensora
dos “ frascos & comprimidos “
que alegou
que os 15 quilos de “ Pó da Morte “
que o
Tupiniquim “ Cavaleiro do Apocalipse “
traficava,
contrabandeava, seria para uso próprio,
provavelmente
seria verdadeiro,
eis que tal
figura teria narina de Dragão,
para tanta
aspiração, quanta indignação.
Mas há outro
digno Dragão brasileiro,
também pego
na Indonésia contrabandeando “ Pó da Morte “,
que esta
trancafiado aguardando execução,
que agora em
uma perversa manobra advocatícia,
tornou-se
esquizofrênico, esperando alforria,
entretanto
quem lida com esquizofrenia,
sabe que tal
alegação é uma heresia.
Pois é, no
no Brasil da Hipocrisia,
não tem “
Pena de Morte “,
que o diga
os “ PPPs “,
que não
são as corruptíveis
“
parcerias publico privada “,
estas que
tem muito “ privada “ pra pouca iniciativa.
Mas sim esta
se falando dos
“ Pobre,
Pretos & Putas “
que vivem
nos rincões das periferias,
onde são,
desrespeitados, vilipendiados,
abusados ,
oprimidos e desacatados,
pelas tais
autoridades policias,
que não se
sabe são mal formadas,
ou formadas
para serem malvadas,
que quando
estas se encontram com a bandidagem,
na ansiosa
luta por território,
inevitável
ocorrer a fatal bala perdida,
que
ocasionara a trágica perda de mais uma inocente vítima,
que será
velado em mais um triste velório.
Enquanto
isto, no restante da cidade sem policiamento,
pode ser
enfrente a qualquer estabelecimento,
na frente de
uma moradia,
na rua sem
iluminamento
e no
transito sem gerenciamento,
que todo dia
se torna um imenso estacionamento,
do nada
aparecera, tranquilo e matreiro,
um “ noia
“ delinquente, demente, dependente,
de miolo
fritado,
que fará de
um cidadão, mais um assaltado,
e se houver
deste, um mínimo vacilo,
entrara na
estatística de mais um fuzilado.
Pois é, não
tem “ pena de Morte “
no Brasil da
Hipocrisia, imagina.
Acho que
vou, novamente, me desconectar
vou voltar
pro Deserto Estrelado,
lá onde
nada é tudo,
e tudo é
nada.
Marco
Aurelio Tisi
( 24/04/2015
)
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