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segunda-feira, 15 de abril de 2013

A PALO SECO



A PALO SECO

Estava cantarolando A Palo Seco,
e do nada surge no meio da sala,
uma bailarina toda de vermelho,
me acompanhando em insinuante
dançar flamengo.

E em seu semblante transparece
a dor do meu canto todo um lamento,
que tento traduzir meu sofrimento.

É assim que agora é, as vezes do nada
me vejo cantarolando A Palo Seco,
e surge ela toda de vermelho,
sobre meu tapete magico,
a dançarina flamenga,
feito uma holografia.

Que dança lindamente,
apesar de não haver acompanhamento
de guitarra cigana, com seu som delirante,
porque o canto é a Palo Seco,
mas mesmo assim há harmonia.

Harmonia porque há sinergia,
da bailarina flamenga,
Que sapateia ao som do meu momento,
tal qual um mouro do alto do minarete,
fazendo um grande chamamento.

E fico sem saber se é um sonho,
ou um pressentimento,
esse meu canto A Palo Seco,
que apesar de ser um lamento,
já que é acompanhado
da bailarina flamenga,
é a saudade em forma
de enternecimento.

Marco Aurelio Tisi

( 15/ -04/2013 )  

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Sara Meynard