SOB A
PONTE DO RIO
Descobri
hoje, que fui como a água
que passa
Sob a Ponte do Rio.
A água que
se vê passando,
de um lado
da ponte, e quando
esta do
outro lado da mesma
ponte, já
se esqueceu.
È coisa
rápida, pode durar para
passar, o
que ??, uns dois anos ??,
para passar
de um lado para outro .
Mas,
passado, uns três meses,
pronto, já
se foi, já se esqueceu.
Então,
explodam os champagne,
para brindar
a nova água, cristalina,
nova, sem
senões, com novo encanto,
que acabou
de chegar.
Essa
metáfora, não é um recalque meu,
é a
metáfora da minha realidade, dura e
crua,
verdadeira e cruel, porque não
houve Amor
para comigo.
Se isso já
era sabido, poderia
ter me dito,
porque não, afinal
eu não me
envergonho, pedi
tanto por
isso.
Mas, não,
não me foi dado
essa
oportunidade, não mereci
essa
oportunidade, para que
pelo menos,
de uma vez por
todas,
minhas esperanças
fossem
desacreditadas.
Fui leal,
fui honesto,
fui
verdadeiro todo o tempo,
em nenhum
momento provoquei,
nunca
dissimulei nada,
porque o meu
Amor foi real
e
verdadeiro.
Mas agora,
eu sou a água
que passou
Sob a Ponte do Rio,
já
esquecida.
M. A. TISI
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